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A um ano da eleição, veja quem são os prováveis candidatos à Prefeitura

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

A um ano do primeiro turno das eleições municipais, o cenário da disputa pela prefeitura de Santa Maria, o quinto maior eleitorado do Estado, começa a ser desenhado. O quadro existente hoje aponta que a cidade terá, pelo menos, de cinco a 13 nomes para a prefeitura.

Daqui a exatamente um ano, os santa-marienses amanhecerão sabendo quais concorrentes venceram o primeiro turno - 4 de outubro - e que disputarão o segundo turno. Ou, na hipótese menos provável de vitória de alguém já no primeiro turno, o Coração do Rio Grande amanhecerá com o novo prefeito definido.

O pleito de 2020 não terá coligação para vereador, o que praticamente obriga os partidos a terem candidato à prefeitura. Caso contrário, terão dificuldade de eleger bancada no Legislativo, porque a legenda do candidato a prefeito é a que mais chama votos. A proibição de alianças para as eleições legislativas é a principal novidade.

Seis pré-candidatos já são conhecidos do eleitorado, entre eles o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), que não assumiu abertamente sua intenção de buscar o segundo mandato. Os outros são Marcelo Bisogno (PDT), Luciano Guerra (PT), Luiz Carlos Fort e Miguel Passini (PL) e Jader Maretoli (Republicanos), já lançados como concorrentes.

- Não é hora de falar em eleição, nosso foco é mostrar resultado - desconversa Pozzobom.

O presidente do PSDB, João Chaves, confirma que o prefeito disse que só tratará da sucessão municipal "no tempo certo". A questão do vice também é um incógnita porque o Progressistas articula chapa própria com o atual vice, Sergio Cechin, na cabeça. O presidente do Progressistas, Mauro Bakof, garante que o partido terá candidato e que o nome cotado é o de Cechin.

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Outro aliado do atual governo, o Democratas (DEM) só de se definirá no ano que vem, mas dificilmente terá cabeça de chapa.

- Nem o prefeito se definiu (se vai concorrer) e o dinheiro está muito difícil - diz o presidente do DEM, Nelson Cauzzo.

Com dois secretários no governo Pozzobom, o MDB fala em candidatura própria e em três nomes, entre eles os dois ocupantes do primeiro escalão. A indicação do vice de Pozzobom também não está descartada.

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- A gente sabe que precisa de candidatura própria para eleger vereador. É uma questão de sobrevivência partidária - afirma a presidente do MDB, Magali Marques da Rocha.

Ainda entre as principais siglas, o PT aposta suas fichas no vereador Luciano Guerra diante da negativa do deputado estadual e ex-prefeito Valdeci Oliveira, que, no momento, está inelegível devido à condenação pela Justiça em 2ª instância por contração de consultoria sem licitação. Além disso, ele é o indicado do PT para  presidir a Assembleia Legislativa, em 2022.

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- O Luciano está consolidado como nosso candidato - afirma Sidinei Cardoso, presidente eleito do PT e que conduzirá o pleito.

Os petistas já estão em busca de um vice e, para isso, pretendem fazer encontros com vereadores do PSD, Republicanos, PSB, PTB, PDT e Rede, além de setores do MDB.

O Novo terá chapa pura (prefeito e vice), garante o deputado estadual Giuseppe Riesgo, principal liderança do partido em Santa Maria.

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- Estamos buscando nomes alinhados com o partido. Há uma pessoa com quem estou conversando, que nunca se envolveu com política - afirma o deputado, sem revelar o nome.

O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, ainda não tem pré-candidato, mas a orientação nacional é que a sigla tenha candidatura própria em cidades onde há quartéis.

- Essa decisão passa por Porto Alegre e Brasília (direções estadual e nacional) e pelo crivo do presidente da República. Estamos abertos a qualquer político de direita que queira se alinhar às diretrizes do PSL - diz Patric Lüderitz, presidente do partido.

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Já o Republicanos trabalha com o nome do secretário estadual adjunto de Esportes e Lazer, Jader Maretoli, que concorreu a prefeito em 2016. Conforme o presidente do partido, vereador Alexandre Vargas, a sigla está em fase de conversas.

- Continuamos como nosso pré-candidato a prefeito e vamos conversar com todos - diz.

O PTB pretende tomar uma posição após a janela partidária, entre março e abril (período em que vereadores poderão trocar de sigla sem risco de perder o mandato).

- Mas vamos ter no mínimo um candidato a vice - garante seu presidente, Jair Binoto.

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O PSB poderá, de novo, concorrer com Fabiano Pereira, seu atual presidente.

- Meu nome não está descartado. Obrigatoriamente, os partidos terão que ter candidato a prefeito para divulgar o número. É certo que o PSB terá - assegura Fabiano, hoje assessor no governo Eduardo Leite (PSDB).

PC do B, PSol e PSTU
Com o reforço de lideranças do PPL, o PCdoB tem Werner Rempel como referência para eventual candidatura, mas o presidente, Alexandre Pahim, afirma que ele não será obstáculo para uma aliança maior.

- Imaginamos formar uma frente que tenha condições de vencer as eleições - diz.

O PL apresenta o ex-petista Luis Carlos Fort e o ex-pedetista Miguel Passini como pré-candidatos.

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- Ainda estamos tentando situar o PL, diz Passini, que preside a sigla, afirmando que já há um acordo com PRTB e Cidadania e pretende ampliar as conversas.

Mais à esquerda, PSol e PSTU, que tradicionalmente têm candidatos a prefeito, ainda não têm pré-candidatos.

- Pelo nosso histórico, a gente sempre tem preferência por candidatura própria - projeta o secretário-geral do PSol, Lucas Andrade.

O PSTU ainda não iniciou o debate sobre as eleições.

- Estamos observando - diz o presidente, Paulo Weller, que já concorreu a prefeito.

CONFIRA A SITUAÇÃO DE PARTIDOS E CANDIDATOS

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BETO FANTINEL, FRANCISCO HARRISON E MARTA ZANELLA

O MDB trabalha com três nomes: Marta Zanella, vereadora e atual secretária de Cultura; Francisco Harrisson, Dr Francisco, vereador e atual secretário de Saúde; e Roberto Fantinel, Beto, suplente de deputado estadual e assessor do Ministério da Cidadania. Há setores que defendem uma aliança com o PSDB, indicando o vice de Pozzobom. A presidente Magali Marques da Rocha diz que o partido precisa ter candidato a prefeito por uma questão de sobrevivência. Se a sigla lançar candidatura própria, o mais cotado é Dr. Francisco.

FABIANO PEREIRA style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

Terceiro colocado em 2016, o presidente do PSB, Fabiano Pereira, é a principal liderança do partido. Segundo ele, é certo que o PSB terá candidato. Sobre disputar o pleito, diz que não ainda decidiu, mas não descarta. Principal nome da sigla, Fabiano também cita o nome do professor Ricardo Rossato como opção. O PSB tem conversado com PDT e PCdoB.

JADER MARETOLI style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

Quarto colocado em 2016 pelo Solidariedade (SD), com 19,4 mil votos, o pastor Jaderson Maretoli (Jader), atual secretário adjunto de Esporte e Lazer do Estado, é o pré-candidato do Republicanos (ex - PRB). De acordo com o presidente Alexandre Vargas, a sigla tem conversado com outras agremiações, entre elas PL, PSD e PSB.



JORGE POZZOBOM style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

Do PSDB, o atual prefeito tem repetido que o momento é de mostrar resultados e não de falar em eleições. O discurso é  referendado pelo presidente do partido, João Chaves. Contudo, internamente, Pozzobom é candidato natural à reeleição. Os tucanos querem manter a aliança com o PP e o DEM, com o vice Sergio Cechin na chapa, e ampliando os aliados. Outra hipótese é uma aliança com o MDB de vice.



LUCIANO GUERRA style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

Vereador mais votado nas últimas eleições, com 4,2 mil votos, Luciano Guerra é o pré-candidato oficial do PT, com a bênção dos deputados Paulo Pimenta e Valdeci Oliveira, este último o nome "natural" do partido para a prefeitura, que continuará na Assembleia. O PT costura uma frente com vice de outro partido, conforme o futuro presidente da sigla, Sidinei Cardoso.


style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">LUIZ CARLOS FORT E MIGUEL PASSINI

O ex-vereador Luiz Carlos Fort (ex-PT) e o advogado Miguel Passini (ex-PDT) são os pré-candidatos do Partido Liberal (PL, antigo PR) em uma eventual disputa à prefeitura. Segundo Passini, presidente da sigla, o PL já está fechado com o PRTB e o Cidadania, mas continua as reuniões com outros partidos, entre eles PP, MDB e PSD.

MARCELO BISOGNO style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

Quinto colocado no primeiro turno em 2016, com 12,5 mil votos, Marcelo Bisogno é o pré-candidato do PDT e busca uma coligação que ofereça um vice. Os trabalhistas, conforme Bisogno, que também é presidente da sigla, têm conversado com diversas agremiações para formar uma frente. Concorrer a vice em uma aliança mais ampla não é uma hipótese totalmente descartada.



SERGIO CECHIN style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

O Progressistas (ex-PP), que integra a coligação que governa o município, tem dois caminhos: manter Sergio Cechin como vice do prefeito Jorge Pozzobom ou romper com os tucanos e bancar uma candidatura própria. Cechin é o nome mais forte nas duas hipóteses. A candidatura própria teria apoio das principais lideranças do partido no Estado, segundo o presidente Mauro Bakof, também defensor dessa posição.



WERNER REMPEL style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

O médico, ex-vereador e ex-vice-prefeito é o nome mais forte do PCdoB. Sexto colocado nas eleições de 2016, quando concorreu pelo Partido Pátria Livre (PPL), Rempel também é cotado para vice em uma eventual aliança. Segundo o presidente do PCdoB, Alexandre Pahim, o partido vai avaliar se Werner será candidato a prefeito ou vice, ou se reforçará a nominata de vereador.



DEMOCRATAS

O presidente do Democratas (DEM), Nelson Cauzzo, diz que o partido teria nomes para uma eventual candidatura. No entanto, a prioridade da sigla é concorrer nas capitais e grandes cidades. "Está muito difícil, a gente concorrer a prefeito, não temos dinheiro", afirma Cauzzo. A tendência é a sigla continuar com Jorge Pozzobom, até porque tem dois secretários e está participando do governo em outros cargos.

NOVO

O Novo deverá ter candidato próprio a prefeito e o deputado Giuseppe Riesgo articula um nome de fora do meio político. Os delegados Marcelo Arigony (Civil) e Getúlio de Vargas (Federal) chegaram a ser sondados, mas descartam a prefeitura. "Teremos chapa sem coligação", adianta Giuseppe. A direção do Novo exige metas para lançamento de candidaturas e processo seletivo dos candidatos.

PARTIDO SOCIAL LIBERAL

O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, diz que ainda não tem pré-candidato. "A decisão passa por Porto Alegre e Brasília e pelo crivo do presidente da República. A decisão de concorrer a prefeito, vice ou apoiar outra chapa, vai ser tomada mais para março, abril", diz o presidente da sigla de Santa Maria, Patric Lüderitz. O PSL buscará aliança só com partidos de direita.

PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO

O PTB, que também chegou a sondar o delegado Marcelo Arigony, trabalha mais com a possibilidade de concorrer a vice. "Temos  vários nomes, como os dois vereadores (Ovídio Mayer, Dr Ovídio; e Deili Silva, Drª Deili), e temos conversado com pessoas sem vinculação política e é praticamente noventa por cento que teremos o vice", diz o presidente Jair Binotto.

PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE

O PSol, que sempre teve candidatura própria, deverá lançar um nome para a prefeitura, possivelmente ainda este ano, durante seu congresso municipal. "Não tem nada oficial, mas, pelo histórico, a gente sempre tem preferência por uma candidatura própria", diz o secretário-geral da sigla, Lucas Andrade.

PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO

O PSTU tem tradição de concorrer com chapa própria, o que indica que lançará um nome em 2020. "Estamos observando o quadro político, mas é possível (ter candidato)", diz o presidente Paulo Weller, que obteve 178 votos como representante da legenda em 2016, ficando em último lugar.

PRAZOS ELEITORAIS

Filiações

  • 4 de abril (6 meses antes do primeiro turno) - Último prazo para filiação partidária de quem vai concorrer

Troca de partido

  • 4 de março a 4 de abril - A chamada janela partidária, período em que vereadores poderão mudar de partido sem perder o cargo, ocorre em um espaço de 30 dias, finalizando a seis meses do primeiro turno das eleições

Votação

  • 4 de outubro - Dia da votação no primeiro turno
  • 25 de outubro - Data da votação no segundo turno


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